Ouça a declamação pelo autor.
o brilho dos sonhos,
sob o manto de pó,
só pode ser visto
nas sombras insones,
pelas lentes da mente
relembrando das eras
que o devir era uno.
antes dos dias,
meses e anos,
moendo qual mó,
transmutarem o destino
em manto do pó
os signos bons,
auspícios celestes,
fortuna iminente
e bonança jurada
são sentidos do ás,
emblema de sorte,
sinal de prodígio!
... presságio de morte ...
na mão que nos dá,
por qualquer veleidade,
alguma cruel,
ou impessoal divindade,
o ás vale pouco
e qualquer par de dois
atento à jogada,
sem gênio ou presságio,
excede em ventura,
em realização,
um ás na mão errada.
Deixe um comentário